
Com o avançar da idade, os riscos de quedas e acidentes domésticos aumentam. Juntamente com a fragilidade muscular e óssea, as debilidades visuais, auditivas e de equilíbrio, essa situação pode transformar utensílios rotineiros em verdadeiros obstáculos na acessibilidade para idosos.
A questão é tão séria que existe até legislação garantindo o direito do idoso à mobilidade – aliás, o Brasil tem uma das mais avançadas leis de mobilidade social. Porém, ela vem sendo praticada apenas em novas obras públicas, enquanto as construções antigas continuam trazendo riscos e até contribuindo para o isolamento social dos idosos mais debilitados.
Por isso, é importante atentar-se aos fatores de risco e tomar medidas preventivas, evitando acidentes cotidianos que provoquem lesões e dificultem ainda mais a mobilidade na terceira idade. Desde as característica do solo até detalhes na roupa do idoso, como bolsos e botões, podem fazer toda a diferença. Conheça, a seguir, atitudes simples que podem facilitar muito a mobilidade e a acessibilidade para idosos.
Reduza os riscos em casa
Para oferecer um ambiente aconchegante ao idoso, que permita sua mobilidade com independência e segurança, é necessário adotar uma série de adaptações. Confira:
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Evitar tapetes de tecido sobre pisos encerados, que podem ser escorregadios;
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Evitar qualquer objeto no chão que crie obstáculos para a passagem, tais como: extensões elétricas, mesas de centro, brinquedos de crianças, entre outros;
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Prefira sofás e poltronas que tenham braços firmes, pois servem de apoio ao levantar-se;
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Organizar ambientes bem iluminados, aumentando a probabilidade do idoso enxergar os obstáculos;
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No banheiro, evitar box de vidro e dispor de barras de apoio (tanto no box, quanto ao lado da privada). Também opte por tapetes antiderrapantes;
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Substituir os armários muito altos por modelos em que o idoso consiga alcançar os objetos que precisa sem precisar usar banquetas ou escadas.
Reduza os riscos na rua
Atualmente, os idosos já são 12% da população brasileira. E em 40 anos eles serão um terço dos brasileiros. Embora a quantidade de idosos seja crescente, não é comum vê-los muito nas ruas, devido ao medo de quedas e de assaltos e, também, pela falta de estrutura em vias públicas que proporcionem acessibilidade para idosos.
No entanto, a interatividade social é importantíssima para manter o cérebro ativo e ajuda a evitar a demência. Além disso, sair às ruas dá também ao idoso o sentimento de pertencimento, prevenindo também a depressão (que pode motivar o surgimento de diversas outras doenças).
Confira, abaixo, medidas que ajudam a deixar o idoso mais seguro ao sair para a rua:
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Sempre que possível, acompanhe-o à primeira visita em algum local, ajudando a construir uma rota com os trajetos mais seguros, com locais para atravessar a rua, melhores calçadas para andar, entre outros;
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Dar sempre preferência a estabelecimentos comerciais que sejam adaptados para receber o idoso, tanto com sua estrutura física, quanto com atendimento prioritário e especializado (esses, aliás, são direitos do idoso previstos em lei);
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Evitar que o idoso esteja fora de casa ao anoitecer e em dias de chuva, cuja visibilidade fica mais prejudicada, favorecendo quedas;
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Utilizar os serviços de “corridas para a família” nos aplicativos de transporte (Uber, 99 POP, Cabify, entre outros), no qual você pode chamar o carro do seu celular para o idoso, que está em seu respectivo endereço. Dessa forma, ele consegue cumprir com seus compromissos com mais conforto e segurança;
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Utilizar algum dispositivo de localização, por onde os familiares possam monitorá-lo em tempo real e receber alertas automáticos em caso de acidentes. Um exemplo desse tipo de aparelho é o Mini Rastreador IGO!
De fato, as medidas indicadas neste artigo não eliminam totalmente os riscos de acidentes. Mas contribuem muito para que o idoso consiga ter mais autonomia, independência e interatividade social no seu cotidiano, sentimentos esses que interferem diretamente na sua saúde e bem-estar.