
A labirintite é uma condição que afeta o sistema vestibular, responsável pela nossa percepção do equilíbrio e da posição do corpo. Ela pode causar tontura, vertigem e desequilíbrio, o que pode ser especialmente preocupante em idosos, uma vez que estes já possuem uma maior tendência a sofrer quedas e fraturas.
“Trata-se de uma doença que decorre de um problema mecânico, que é o deslocamento de partículas de cálcio (pequenos cristais) do labirinto, que saem do local correto e vão para o local errado”, explica Márcio Salmito, otorrinolaringologista e Coordenador do Departamento de Otononeurologia da ABORL-CCF a reportagem para UOL.
“Assim, toda vez que a pessoa mexe a cabeça, ou a coloca em posição específica, esses ‘cristais’ se movimentam pelo labirinto, e promovem a sensação de que tudo está rodando”, acrescenta Márcio Salmito.
Os idosos são mais propensos a desenvolver labirintite devido a uma série de fatores, incluindo a idade avançada, doenças preexistentes como hipertensão e diabetes, e o uso de medicamentos que podem afetar o sistema vestibular. Além disso, o envelhecimento pode levar a alterações na estrutura e função do labirinto, o que pode contribuir para o desenvolvimento de labirintite.
O tratamento da labirintite em idosos pode incluir medicamentos para aliviar a tontura e a vertigem, terapia vestibular para melhorar o equilíbrio e evitar quedas, e mudanças no estilo de vida, como evitar atividades que possam exacerbar os sintomas. Em casos graves, pode ser necessário realizar cirurgia para corrigir a condição.
É importante que os idosos com suspeita de labirintite consultem um médico para um diagnóstico preciso e início precoce do tratamento. O tratamento adequado pode ajudar a aliviar os sintomas e prevenir complicações graves, como fraturas e quedas.
Aqui estão algumas atividades que podem ajudar os idosos com labirintite:
Exercícios de equilíbrio: como caminhar em linha reta, ficar de pé com os olhos fechados ou equilibrar-se em uma perna.
Terapia de vestibular: um fisioterapeuta pode prescrever exercícios específicos para melhorar o equilíbrio e a coordenação.
Yoga ou tai chi: ambas as atividades envolvem movimentos lentos e controlados que podem ajudar a melhorar o equilíbrio e a estabilidade.
Atividades aquáticas: nadar ou fazer hidroginástica em uma piscina pode ser uma boa opção, pois a água ajuda a estabilizar o corpo.
Estimulação visual: jogar jogos de tabuleiro, ler ou fazer cruzadinhas podem ajudar a melhorar a coordenação olho-mão e a concentração.
Caminhar ao ar livre: caminhar ao ar livre pode ajudar a fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio.
Mantenha-se ativo: manter-se ativo e evitar ficar sentado ou deitado por longos períodos de tempo pode ajudar a prevenir a labirintite.
Dispositivos de ajuda rápida: caso a pessoa tenha um mal estar ou sofra uma queda, é importante receber atendimento imediato e assim, dispositivos próximos ao corpo ajudam na hora em que mais precisa.
É importante lembrar que cada idoso com labirintite pode ter necessidades diferentes, e é sempre recomendável consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade. Em resumo, a labirintite é uma condição que pode ser particularmente desafiadora para os idosos devido à sua tendência a causar desequilíbrio e aumentar o risco de quedas. O tratamento precoce e adequado é essencial para aliviar os sintomas e prevenir complicações graves.