Muitas pessoas consideram o envelhecimento um sinônimo de doença. É comum ouvir de idosos e jovens a expressão “dores da idade”. O que poucos sabem, porém, é que sentir dor não é algo normal, como se fosse uma consequência obrigatória ao se chegar à velhice. Toda dor é motivada por uma doença ou desconforto, que por sua vez podem ou não estar ligados ao envelhecimento. Seja qual for a origem da dor, é essencial que ela seja diagnosticada corretamente e que o tratamento adequado seja realizado. É preciso tratar as dores dos idosos com a mesma atenção que se dispensaria à dor de qualquer pessoa, sem julgar que trata-se apenas de “coisas da idade”.
É claro que existe uma maior ocorrência de dores musculares e ósseas na terceira idade, pois são condições crônicas que acompanham o portador durante anos e, além disso, tendem a se agravar com o passar do tempo. No entanto, é preciso que fique claro que a dor não é necessariamente uma consequência direta do envelhecimento, e sim da doença.
Algumas dores são causadas por enfermidades comuns nessa fase da vida
Entre as principais causas apontadas por especialistas para as “dores da idade”, estão os desgastes decorrentes da obesidade ou relacionados ao trabalho realizado durante a juventude, por exemplo. Dentre outros fatores relacionados aos relatos de dores entre os idosos, destacam-se:
– ser do sexo feminino;
– ter desvios posturais de coluna ou desvios de joelho;
– carregar cargas pesadas;
– praticar exercícios físicos de forma incorreta;
– fatores genéticos e outras condições comuns, como diabete, hipotireoidismo e intolerância ao glúten;
– traumatismos ou lesões;
– realizar movimentos repetitivos e/ou excessivos;
– infecções e hipermobilidade articular (doença genética que faz com que as articulações tenham flexibilidade excessiva).
Em qualquer situação, a tendência é que os sintomas se agravem com o passar dos anos e que a pessoa se “acostume” com a dor, deixando de dar a devida importância e tratá-la corretamente. Por isso é tão importante proporcionar ao idoso condições para que ele se sinta à vontade para relatar suas dores e procurar tratamento. Muitas vezes eles acabam menosprezando a própria dor por medo de incomodar a família, ou mesmo pelo receio de um diagnóstico que revele uma doença grave.
O problema é que, quando não remediada, a dor tende a piorar. Assim, caso se trate realmente de algo grave (como um câncer, por exemplo), é essencial que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível para aumentar as chances de cura.
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Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores serão os resultados
Tratando-se de qualquer enfermidade, o melhor tratamento é sempre a prevenção. De forma geral, o pilar mais importante começa por alimentação e estilo de vida saudáveis. Existem inclusive dietas específicas prescritas para pacientes com dores articulares. Em alguns casos, a alimentação correta basta para reduzir e até suspender o uso de medicamentos. Atividades físicas são essenciais também na velhice, assim como em qualquer fase da vida. Justamente por isso, há métodos de fisioterapia que dispõem de inúmeras técnicas e estratégias cada vez mais modernas que atuam no controle da dor. E, claro, existem, centenas de medicamentos desenvolvidos para tratar os sintomas.
Lembre-se que a dor é uma resposta do organismo, um sinal de alerta quando as coisas não estão 100% e necessitam da devida atenção. Por isso, o tratamento deve ser o mais completo possível, visando reduzir os sintomas e evitar complicações. Dessa forma, o idoso terá qualidade de vida e uma rotina mais tranquila e feliz.